Vida de artista nunca foi fácil, principalmente para quem tem muita estrada para caminhar e a função de levar sua música a romper fronteiras e quem sabe fazer história. A Banda PRA CASAR, muito humildemente quer ocupar seu espaço na música e fazer parte dessa “salada” musical que abriga todos os gostos. A banda é formada por Lucas Bressy e Victor Avila, que respondeu as perguntas com franqueza e mente aberta, o que acredito ser essencial para um artista. Case com essa banda porque vale a pena!

1- Na vida abrimos mão de muitas coisas para conquistar sonhos. Vocês estão dispostos a abrir mão de muitas coisas para conquistar o sucesso e reconhecimento profissional?
Victor – Na verdade somente pelo simples fato de entrar nessa área musical já estamos abrindo mão de muitas coisas. Primeiro financeiramente, afinal todo mundo sabe que o mercado infelizmente impõe aos “peixes pequenos” que toquemos muitas vezes de graça em troca de divulgação, além disso, perdemos muito nossa privacidade devido a exposição que e necessária nesse meio, fora também as diversas viagens, que nos fazem ficar longe dos amigos, família e do conforto de sua casa. Então o tempo todo estamos fazendo sacrifícios em busca de realizar esse sonho, seja ele financeiro, social ou psicológico. Mas quer saber? No fim tudo vale a pena, porque nada melhor do que fazer o que se ama! (risos).
2- Vendo alguns vídeos da banda, percebi que as músicas são animadas, falam de curtição, meninos e meninas que aproveitam a vida sem preocupações. Com o caos diário que somos submetidos, as músicas que cantam seria uma forma de voltar a ter o hábito de relaxar ouvindo uma música?
Victor– Pra ser sincero eu acredito que a musica sempre teve essa função de relaxar. E é com ela que nos transportamos pra outro mundo, abstraímos tudo e podemos desfrutar de sensações e experiências únicas. Cada um tem sua interpretação em torno de uma mesma musica cada vivência e cada memória ativa uma leitura diferenciada. Isso que é incrível, então tem que entender que a ideia da musica e ser lúdica mesmo, a graça está toda ai.
3- Quem são as referências musicais de vocês e qual o conceito para daqui alguns anos, vocês também se tornarem referência para outras bandas?
Victor– Na verdade, minhas referencias sempre foram relacionadas ao rock, de inicio. Mas sou bastante eclético e na minha infância ouvi muita musica pop (Michael Jackson, Madonna, etc), mas também ouvia sertanejo, reggae, funk, hip hop e outras vertentes, pra mim não importa o estilo, a musica tem que ser boa, é isso que interessa. Bem, daqui a alguns anos, eu quero deixar como referencia o conceito de você sempre inovar. Seja ousado, busque o diferente, inusitado, o que ninguém fez ou teve medo de fazer, às vezes as melhores ideias surgem dai!
4– Percebo que são carismáticos, interagem bem com o público e ao contrário de bandas que enfocam em muitos efeitos mirabolantes no palco, vocês criam clima de descontração mesmo. Realmente se sentem confortáveis no palco? Como lidam com imprevistos que porventura podem acontecer no show?
Victor– Tem razão, mas a gente só não coloca efeitos mirabolantes por falta de grana ainda! rsrs… Mas claro que nos sentimos muito bem no palco, é nosso momento de abstração também, de encarar o “personagem” de frente e deixar ele fluir. Imprevistos sempre acontecerão, mas a melhor forma de lidar é sempre com um sorriso no rosto.
5- Quais projetos para o início dessa nova estação e para 2015 como um todo?
Victor– Já temos um projeto no Zen em andamento e que vamos dar continuidade chamado Arrocha Club, porém o foco pra esse inicio do ano é gravar um novo CD promocional, já que atualizamos o repertório inteiro. Mas o meu grande sonho é por em pratica um projeto que tenho há uns 4 anos (quatro anos) engavetado, mas que pretendo realizar ainda nesse semestre, só que como as paredes tem ouvidos, melhor deixar pra contar quando tiver pronto! (risos).
6- Sejamos sinceros. Muitos segmentos musicais como a axé music e o próprio rock nacional que teve uma ótima fase na década de 80, se queixam que perderam o espaço de forma “violenta” para o sertanejo universitário. O irônico é que muitos que criticam, já acabaram se rendendo também. O que pensam sobre o assunto?
Victor– Eu acho que tudo é uma questão de foco e perspectiva. Em todos os segmentos sempre existirão os que migram por conveniência e outros pela mudança natural que todo mundo pode passar, afinal de contas, a gente não nasce pronto e nem sabendo o que quer, porém vamos evoluindo de acordo com nossas vivencias. Mas eu penso assim, criticar apenas nunca resolve nada, melhor mesmo é meter a mão na massa e isso que estamos fazendo. O restante Deus cuida de encaminhar…
7- Como pretendem manter a qualidade do trabalho e fidelizar os fãs de vocês, para que possam continuar com uma carreira promissora?
Victor– O segredo não existe, mas acreditamos que o trabalho autoral sempre mostra a verdade do artista e fideliza seu publico, então é isso que vamos continuar fazendo, gravando nossas musicas e trazendo novidades sempre. Ate porque no mundo de hoje tudo muda num simples clique, por isso temos que ser mais dinâmicos do que em outras épocas. Em resumo, não ta fácil não viu moço?? (risos).
8- Ainda não tive oportunidade de conferir o show de vocês, mas pretendo fazer isso logo e acredito que muitas pessoas sejam através das músicas, dos clipes e de trechos de shows na internet também vão sentir essa vontade. Qual o recado para esse ano de 2015 que querem deixar para o país e para o público que curtem o trabalho da banda?
Victor– O recado maior para todos que não nos conhecem ainda é que nos escutem de mente limpa e coração aberto, somos apenas garotos do bem tentando sobreviver dos nossos sonhos.
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