A atriz Ana Hikari é a Tina de ‘Malhação-Viva a Diferença’
Em entrevista exclusiva ao Cj Martim, ela esclareceu o peso da responsabilidade em ser uma das protagonistas do seriado.
Eu sei. Talento nem sempre vem acompanhado de carisma e vice versa. Ana é o caso raro da união de ambos em um ponto ideal. Vamos torcer para que essa aliança resulte em personagens inesquecíveis, algo que seja um alento para todos nós telespectadores.

Cj Martim: Como protagonista de Malhação, a sua responsabilidade vem misturada com medo e ansiedade? Como lida?
Ana: O papel da Tina está sendo um presente imenso. Vamos falar sobre diferenças e sobre todos os atritos que se criam com esse encontro. É um poder gigante de dialogar com muitas meninas pra falar de questões urgentes na vida adolescente, e urgentes também no mundo. Mas, com grandes poderes, surgem grandes responsabilidades. Tento exercitar um lado mais calmo e centrado pra lidar com esse nível de responsabilidade. Respirar é essencial nos momentos de tensão. E mais do que isso: tenho focado muito nos estudos, porque, quanto mais preparada, melhor eu lido com os medos e ansiedades que podem vir.
Cj Martim: A Tina vai ser uma jovem rebelde, mas não uma rebelde sem causa. Os jovens, atualmente, têm conteúdo e maturidade para protestarem e confrontarem pais?
Ana: Gosto de acreditar que os jovens sempre têm algo de novo e positivo pra apresentar. Com o amplo acesso a internet que temos hoje em dia, eu posso dizer que existe uma ferramenta muito forte em nossas mãos: a informação. Na minha opinião, informação é um dos fatores essenciais para transformar o mundo. Se soubermos usar com consciência, é possível se posicionar politicamente de forma inteligente.
Cj Martim: Qual sua metodologia para estudar a personagem? Quais recursos pretende investir?
Ana: O elenco teve um treinamento muito intenso com a nossa preparadora de atores, Laís Correa. Nesses treinamentos – que tivemos em São Paulo e, depois, no Rio – a Laís nos orientou a revisitar experiências dos nossos 15 ou 16 anos, média de idade dos nossos personagens. Assim, era possível resgatar emoções nossas e emprestá-las para as personagens. Entendemos que são nossas emoções “emprestadas” para as situações das personagens.
Para me manter consciente das situações que a Tina está passando ou já passou, eu tenho sempre comigo um caderno que todas as cenas dela. Assim, consigo saber de onde ela veio; pra onde ela vai; o que ela passou; o que ela já fez; o que já falou para alguém… enfim, todo seu percurso na história.
“Gosto de acreditar que os jovens sempre têm algo de novo e positivo pra apresentar.”
“O papel da Tina está sendo um presente imenso.”
Cj Martim: Acredita em felicidade líquida ou felicidade sólida e constante?
Ana: Pra responder essa pergunta tem uma música perfeita do Marcelo Jeneci: Felicidade. A letra inteira contemplaria minha respostas (ver em: bit.ly/2qg7HoF).
Cj Martim: Preparada para viagem louca, carismática, perversa, ilusória e contraditória da fama?
Ana: “Estar pronto é tudo” é uma frase bem conhecida de Shakespeare. Gostaria de acreditar que estou preparada para tudo. Mas sou humana. Por isso estou me esforçando ao máximo que posso para fazer um trabalho lindo nessa malhação e que seja o primeiro de muitos na minha carreira!