Encenando o espetáculo ‘Alair’– no teatro Laura Alvim- no Rio de Janeiro, até 02 de Julho; um dos participantes da nova temporada do programa ‘Dancing Brasil’, na RecordTV, apresentado por Xuxa; além de ter chamado atenção pelos dilemas e sensualidade do Leo, seu personagem na novela ‘Verdades Secretas’, na Globo, a execução dessa mistura toda tem um nome: o ator Raphael Sander, nosso entrevistado.
Ele deve ter enfrentado muitos preconceitos; ele, em algum momento, pode ter sentido inseguranças e tristezas, mas o impulso pra lutar, caminhar e acreditar, sempre teve! É o nosso Raphael, menino gigante por dentro!

Cj Martim: Qual mergulho emocional e desgaste físico vem enfrentando na peça ‘Alair’?
Raphael: A peça é muito gostosa de fazer. Amo fazer “Alair”. Nosso diretor, Cesar Augusto, nos proporcionou um ambiente incrível desde o início. E o texto do Gustavo Pinheiro faz com que a gente se delicie fazendo-o. Meus companheiros de cena Edwin Luisi e André Rosa são pessoas incríveis, com quem aprendo muito todo dia.
Cj Martim: O palco não assusta? Não confronta a ansiedade de um ator?
Raphael: A princípio sim. Mas você pega o gosto pela coisa. E depois não consegue largar mais. Segundas e terças fico entediado porque não tenho peça.
Cj Martim: Como foi a experiência em trabalhar em ‘Totalmente Demais’ e ‘Verdades Secretas’, duas novelas completamente diferentes e público idem?
Raphael: Maravilhoso. Profissionalmente me deu um bom repertório. Pude experimentar produtos bem diferentes no período de um ano e meio. Sou muito orgulhoso do trabalho que fizemos em ambas as novelas.
Cj Martim: – Qual sua opinião sobre o contrato por obra? Existe uma liberdade para o ator, mas um risco, não?
Raphael: Uma liberdade necessária. O risco que você fala é presente na vida das pessoas de qualquer maneira, com contrato longo ou sem. Quando a pessoa entende isso, começa a viver como sempre quis e fazer o que gosta. A estabilidade é uma ilusão. Quanto antes você se livrar dela, mas rápido vai conseguir viver feliz.
Cj Martim: O brasileiro pode apontar o dedo e chamar político de corrupto? Se alguns praticam o ‘jeitinho brasileiro’…
Raphael: Infelizmente temos essa cultura do “jeitinho”. Mas isso não justifica o que está sendo descoberto no panorama político. Cadeia neles, multa. Impossibilidade de exercer cargos públicos. Cargos públicos são para alguém idôneo comprovadamente, abalizado. Precisamos fiscalizar. O poder que eles têm foi dado a eles por nós. Podemos tirar a qualquer momento. Nós brasileiros precisamos entender isso e exercer nossa cidadania com vigor. Nós mesmos arcamos com os custos da nossa própria ignorância.