Gabriel Calamari é o Felipe do seriado ‘Malhação-Viva A Diferença’. Seu personagem tem muitos conflitos internos, típico de adolescente.
Ao Cj Martim, em meio a um caos sadio de trabalho, o ator concedeu uma entrevista para gente.
Gabriel é um jovem ator, que vem segurando seus sonhos e tentando cuidar deles da melhor forma possível. Nas filas enormes que podem ser formadas em shoppings, em eventos e nas ruas, fãs tenham sensibilidade em se entusiasmarem com o lado exterior dele, mas deem uma chance ao interior também, pois é marcado de luta.

Cj Martim: Você fez teste para ‘Malhação-Viva a Diferença’? Era algo que desejava muito, afinal, o seriado é uma vitrine para jovens talentos?
Gabriel: Sim, fiz teste para ‘Malhação- Viva a Diferença’. Nunca planejei trabalhar obrigatoriamente em Malhação – gostei muito dos trabalhos que fiz antes, sempre considerei qualquer tipo de trabalho uma “vitrine”. Entendo que Malhação é uma obra muito expositiva, penso que pode reverberar aquilo que tenho pra dizer. Sou muito feliz em trabalhar nesse produto, com essa equipe e nessa emissora. Está sendo uma vitrine muito divertida.
Cj Martim: Quais dores e delícias do Felipe, seu personagem? Ele é o típico homem sensível,que trata a vida com muita paciência e reciprocidade com as pessoas?
Gabriel: O Felipe é um cara que enxerga a vida pela arte, ela é quem mostra as respostas pra ele. Pode parecer clichê mas, a grande virtude em viver o Felipe vem através da sensibilidade de como ele vive tais dores e delícias.
Um cara que sofre muito por não saber o caminho que a vida amorosa o levará; por enquanto essa é a maior dor que o Cao escolheu para o Felipe. Já as delícias são todas as histórias boas, as coisas que tenho que aprender para viver o que ele vive: grafite, mountain bike, instrumentos e etc. Me entregar como o Felipe se entrega é incrível.
Cj Martim: A fama já sorriu para você? Já encontra alguma ‘maldade’ nesse sorriso?
Gabriel: Sou muito sortudo por ter os pais que tenho. Sempre me educaram pra que isso nunca viesse a acontecer, nunca vi os dentes da fama. Me lembro sempre de meu pai dizendo que se me visse sendo arrogante com alguém, me daria uns cascudos.
Cresci uma pessoa conformada, não me infla o ego ser reconhecido, trabalhar na TV ou ter fã-clubes nas redes sociais. Como diria Milton Nascimento: “O artista deve estar onde o povo está”.
Sou muito grato pelo carinho que tenho recebido, sempre que posso respondo as mensagens que me mandam no twitter ou instagram. O fato de receber palavras de carinho em troca do meu ofício já me realiza. Fama é especulação e revista de fofoca.
Cj Martim: Os jovens, atualmente, vêm fazendo a diferença no país ou ainda têm fama de bobos e desinformados?
Gabriel: Os jovens sempre fizeram a diferença no país. A força motriz para a mudança vem, em sua maioria, da juventude. Confesso que,conforme ganhei idade, tive a impressão de que o brasileiro anda mais engajado e questiona mais. Rotular o poder da juventude é: agir de má fé ou viver alienado.
Cj Martim: Qual foi seu último grito? O que amedronta seu eu?
Gabriel: Meu último grito foi de briga. Saio de mim quando o assunto é maus tratos contra os animais e meio ambiente. Sou ativista dessa pauta, quem me conhece sabe. Em suma: me peguei nervoso, discutindo no semáforo. Uns jovens que estavam no carro ao lado haviam jogado latas de cerveja na rua. Quase apanhei deles por discutir sobre isso; perdi a cabeça.
Não ser infinito me amedronta; O rumo do país me amedronta; A opinião histérica da população me amedronta. Talvez nada disso me amedronte mais do que gastar os anos longe da família. No fim, é só isso que importa, família: mãe, pai e irmãos (2 bípedes e 6 quadrúpedes).
ola muito bom
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