Rodrigo Krauzer é modelo e representa o estado de Goiás no concurso de beleza ‘Mister Brasil 2017’, que vai ser realizado no Rio de Janeiro, em agosto. Excelente oportunidade para expandir sua carreira.
Muito consciente das dificuldades da carreira de modelo em entrevista dada ao Cj Martim, ele contou também do concurso de beleza, do “jeitinho brasileiro” e outros assuntos. Existem sorrisos tímidos, sorrisos falsos, sorrisos nervosos e tantos outros. Mas o que marca presença no rosto do Rodrigo é o sorriso da esperança, pois é visível, algo que se ilumina.

Cj Martim: Disputar o título do homem mais bonito do país não é algo pesado e muito definitivo? Afinal, beleza costuma ser relativa…
Rodrigo: Se analisado com olhos de um título vinculado somente a beleza exterior, certamente dúvidas e falhas virão à tona, pois a ideologia do mister carrega consigo muito além de intitular um homem como mais belo, e sim afunilar pessoas com propósitos, bagagem, experiências, perfis visionários, e com intenções positivas de mudar o mundo a partir de estratégias sadias e humanas para com os próximos, sucessivamente com avaliações mais embasadas entregar a faixa ao mais completo. Estar participando neste momento do concurso representa, para mim, que as escolhas passadas me encaixaram nos requisitos do mesmo.
O conceito de beleza realmente é relativo, a concepção de mundo de cada observador é formada a partir de suas experiências, e realidade social, a influência visual ao passar das décadas distingue e define cada aprovação, ou não, de um analisador.
Cj Martim: Quais dores e delícias de ser Rodrigo Krauzer?
Rodrigo: Em muitos momentos durante a busca pelo meu espaço ouvi comentários relacionados a representar uma pessoa com ego elevado, sério, e que buscava o melhor somente para si próprio, não posso negar que isso me abalou um pouco e doeu, mas tentei interpretar como críticas positivas e crescer a partir dos comentários. Ter uma vida de mudanças temporárias também me faz distante de muitas pessoas importantes, entretanto sempre acreditei na minha evolução pessoal, confesso que em alguns momentos estive de certa forma distante dos grupos para focar mais em meus propósitos, conquistar coisas notáveis vêm de abdicação parcial dos lazeres, e isso é uma coisa que pesa para o Rodrigo, então das dores as delícias, me sinto bem por estar conquistando meu espaço, a visibilidade positiva que tenho agora, saber que muitas pessoas torcem por mim, me admiram e me apoiam depois de tantos tombos, elogiam minha beleza em conjunto ao meu carisma e simpatia, não há preço para isso.
Cj Martim: Em algum momento, teve algum sonho de vida ameaçado? Como busca força e entusiasmo para alcançar o que deseja?
Rodrigo: Tive muitos sonhos e continuarei assim até o final da minha vida, e, em meio as minhas expectativas em crescer logo e ser alguém com valor, notável, fui desiludido, algumas vezes, na tentativa de iniciar uma carreira próspera como modelo. Fui enganado, outrora, nas dificuldades da universidade, morar sozinho, distante da base emocional familiar, nos faz repensar a caminhada só por várias vezes, mas quando os propósitos são maiores, aprendemos a criar forças e renovar-se para a luta a cada crise. Busco reanalisar tudo o que está acontecendo, pedir diferentes pontos de vista para amigos e familiares acerca de um problema e recomeçar com novos planos e energia renovada.
Cj Martim: Felicidade é algo ilusório?
Rodrigo: A felicidade para mim, só tem significado quando vivemos para Deus, alegria é algo que nos representa em momentos bons, mas ser feliz é fazer boa parte do seu dia vir da sua essência, vir de forma natural para falar, ouvir, agir com amor e dizer um “bom dia” com um sorriso verdadeiro no rosto sem se pesar.
Cj Martim: Se muitos brasileiros praticam o famoso ‘jeitinho brasileiro’, é correto apontar o dedo para políticos corruptos?
Rodrigo: Bem, pergunta polêmica, no meu ponto de vista não existe um “jeitinho brasileiro”, isso tornou-se um paradigma partindo do descomprometimento de acordos e regras de funcionamento eficazes. Uma conversa amigável com intuito de cooperação mútua é algo positivo, mas achar métodos de burlar, ausentar-se a acordos torna-nos não confiáveis, sem credibilidade. Logo, não há moral ao se apontar o dedo a um corrupto, estará sendo um falso moralista.