Matthieu Doat: ‘ O povo francês adora música brasileira’

Matthieu Doat é um cantor francês que vive um amor sadio com a música brasileira e, as visitas constantes do samba em seu trabalho, comprovam isso. Em entrevista exclusiva ao blog, o cantor não economizou elogios a cantora sambista Ju Moraes.

Interessante alguém trazer o requinte da França, misturar com a espontaneidade do Brasil, e dessa mistura criar sua identidade artística. Sem diferencial, se manter na carreira artística se torna difícil. Matthieu entendeu esse recado.

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Matthieu Doat. Foto/ Reprodução.

Cj Martim: Como conheceu a cantora Ju Moraes e qual foi a  necessidade de criar uma parceria com ela no single “Sincronicidade”?

Matthieu Doat: A minha história com a Ju Moraes foi amor à primeira vista! Seguia ela nas redes sociais há muito tempo, achava o trabalho dela muito bacana e ela muito linda. Apostei com meu gestor que a gente poderia convidá-la para cantar no meu disco e como uma magia, ela respondeu positivamente.

Cj Martim: Os brasileiros, em sua maioria, não tem muito costume em ouvir músicas francesas. Mas os franceses têm  costume de ouvir muita música brasileira?

Matthieu Doat: O brasileiro é um povo quente. Algumas músicas francesas são conhecidas, aqui no Brasil, como ‘Ne Me Quitte Pas’, que fala de tristeza . Mas o frances, por ser um povo mais tímido, adora ouvir uma música brasileira, porque a música do Brasil trás calor, ritmo, beleza , poesia e alegria!

Cj Martim: Sua paixão pelo samba começou quando? Aqui tem uma canção que diz: “fazer samba não é contar piada, quem faz samba assim não é de nada. O bom samba é uma forma de oração”. Concorda?

Matthieu Doat: A minha paixão pelo samba começa no Rio de Janeiro, em 2000, através de uma viagem que eu fiz. Concordo que o samba é uma forma de oração, porque eu, todas as sextas-feiras, frequentava um bar na Lapa e todo mundo cantando junto, sempre as mesmas músicas, nesse sentido, entendo que o samba é uma forma de oração, pela repetição.

Cj Martim: Como foi a experiência em cantar com o grupo Extaltasamba, em Paris?

Matthieu Doat: Cantar samba em Paris é muito especial, e cantar com um grupo que marcou história no pagode, é um momento inesquecível.  Eu gosto muito do Exaltasamba e vários grupos de pagodes e sambistas que conheci, no Brasil, como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e outros.

Cj Martim: Qual o diferencial da turnê “Samba Avec Elégance”?

Matthieu Doat: O diferencial é o samba cantado por um frânces. Eu faço versão francesa de grandes sambas e sempre tento me apresentar com terno e gravata. Eu gosto de representar o estilo parisiense e, por isso, tem um pouco de diferença.

Cj Martim: A França vive um momento de pânico por causa dos últimos atentados. Teme que essa imagem de brilho e o romantismo do país seja “quebrado”?

Matthieu Doat: Olha, Paris é uma Cidade Luz! A França é um país mais visitado do mundo! Claro que deu uma caída, mas acho que o país não perde seu brilho.

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