Daniel Rangel: ‘Não gosto de levar o personagem para casa’

Quem assiste ‘Malhação- Vidas Brasileiras’, evidente, confere os dilemas e alegrias do Alex, personagem defendido pelo ator Daniel Rangel, o entrevistado de hoje. Fama e conflitos da adolescência foram abordados nesta conversa.

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Daniel Rangel. Foto/ Vinícius Mochizuki.

CjMartim: O seriado ‘Malhação’ sempre abordou conflitos da adolescência, mas apostava em personagens humorados para isso. As últimas temporadas tem tocado na ferida nessa fase da vida com mais ênfase e com mais serenidade, logo a audiência ter voltado a crescer. Compartilha desse mesmo entendimento? Qual importância do seriado atualmente?

Daniel: Acho importantíssimo a gente falar de temas mais sérios e nem sempre tão engraçados na Malhação. O jovem de hoje é muita coisa ao mesmo tempo, somos bombardeados com informações sobre tudo. As pessoas nos veem de uma jeito, que quase nunca é o jeito que somos realmente, ou que achamos ser. A importância da ‘Malhação’ é muito grande, porque é o produto que mais dialoga com os jovens, então é um canal direto pra gente discutir e debater sobre muita coisa
importante. 

CjMartim: Defina o perfil do Alex e os conflitos que aguardam ele na trama

Daniel: O Alex é um cara bacana, feliz! Se da bem com a família e com os amigos. É muito comunicativo, tenta sempre abraçar o mundo, ajudar a todos… Mas também tem suas próprias questões, sente um pouco da ausência da mãe em casa, começa a gostar da Maria Alice, enquanto ainda está namorando a Pérola… Acho que o Alex vai ver sua vida virar de cabeça pra baixo, como ele vai reagir a isso, eu não sei.

CjMartim: Esse mundo da fama, o vasculhamento da vida pessoal, ainda é cedo para você isso, mas tem medo?

Daniel: Acho normal a curiosidade das pessoas em saberem das nossas vidas, porque a gente “invade” a casa delas de segunda a sexta. Mas não me sinto pressionado a postar nada nem ficar falando sobre coisas que não acho relevantes. Então, acho que, dentro de um limite, é normal. 

CjMartim: Como lida com seus conflitos internos? 

Daniel: Conversando. Acho que tudo se resolve com diálogo. Não gosto de guardar nada, tento sempre ser o mais transparente possível com as pessoas que fazem parte da minha vida.

CjMartim: Quando o ator se confunde com a sua personalidade e a do personagem,  é um caminho sem volta?

Daniel: Procuro separar bem as coisas. Eu sou eu, e o personagem é o personagem. Claro que a gente empresta algumas coisas nossas e também “rouba” qualidades dos personagens para as nossas vidas. Mas não gosto muito desse negócio de levar o personagem para casa não.

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